
Durante três horas de show, Paul cantou com o mesmo timbre que o caracterizou como um dos melhores vocais da história do Rock. Se comunicando com a platéia em português e pedindo desculpas quando não sabia como dizer uma frase corretamente, ainda mostrou um admirável respeito pelo público, ao contrário dessas muitas bestas da indústria cultural que pisam no Brasil e cospem na cara dos fãs.
Ouvir "Yesterday", "Let it be" e muitos outros clássicos como "Eleanor Rigby" e "Something" a poucos metros de um dos figuras que criou essas letras e melodias foi inacreditável!
Algumas críticas na grande imprensa satirizaram a presença do Beatle, alguns chegaram a afirmar que uma das melodias mais lindas criadas com o violão, o clássico "Black Bird", é brega. Sem comentários...

No telão, fotos da história de Paul e dos Beatles, imagens de sua família e animações alucinantes dominaram todo o show. No início, um gigantesco painel, na vertical, exibia figuras, cartazes de shows no Cavern Club, fotos e imagens, tudo cuidadosamente montado, com inúmeros signifcados, assim como foram feitos os clipes, os filmes e tudo que foi produzido relacionado aos Beatles.
A banda é outro show a parte: o guitarrista Rusty Anderson, o guitarrista e baixista Ray West, o tecladista Wix Wickens e o baterista Abe Laboriel Jr, figuraça! Todos fazem uma cama de vocal perfeitamente afinada e tocam muito. Execução redonda!
É inegável para qualquer crítico não reconhecer o espetáculo e o carisma de Paul McCartney no palco até hoje. As mulheres ainda gritam desesperadamente, só que agora, para um senhor de quase 70 anos de idade, que tem o mesmo brilho no olhar e a mesma postura de sempre: rock'n roll!
Pra finalizar, "Helter Skelter" e "Sgt. Peppers", sendo a primeira, considerada a música que precede o metal, um dos riffs mais pesados de todos os tempos. Mais uma surpresa para os amantes da banda que mudou a história do Rock.
Saudações Sir Paul McCartney! Obrigado pelo show!
Thanks for the show! We salute you!