A Profecia Maia ganhou
diversas interpretações nos últimos anos, desde a ridicularização midiática até
formas espetaculares de ficção científica. Diante de tudo e de todos, o fato é
que a vida na Terra já foi extinta diversas vezes, por motivos ainda
desconhecidos que são justificados por teorias muito conhecidas, mitológicas e
científicas.
Os Maias e os Egípcios, bem como outras civilizações ao redor do mundo, deixaram diversos códigos em templos e escrituras alertando a humanidade para sua possível extinção futura, muitos deles quase idênticos. Durante milhares de anos esses povos calcularam minuciosamente o movimento das estrelas para tentar prever os acontecimentos e fases do nosso planeta e perceberam que a cada espaço de tempo toda a Terra passava por um intenso período de transformação. O resultado preciso dos seus estudos ainda é um mistério, por isso tantas teorias fictícias surgiram sobre seu significado.
O lendário Calendário Maia, seu mistério persiste |
Assim como os cristãos e afins, eles acreditavam que houve um grande dilúvio e que alguns cidadãos do antigo continente Atlântida conseguiram sobreviver com seus Mandjits (embarcações de madeira - na década de 90 foram encontradas no deserto do Egito mais de 500 embarcações soterradas, com cerca de 5.000 anos, atribuídas a esse feito pelos egiptólogos) e repovoaram o mundo, como fez Noé com sua arca.
Para os crentes não há
argumentos que derrubem suas teorias sobre o próximo fim do mundo, ou melhor, o
fim da raça humana. Afirmam que ninguém pode saber o dia e a hora, a
não ser o Pai. Ainda acreditam que um dia o mundo acabou e vai acabar novamente,
para punir os pecadores com a vontade e justiça de Deus e ponto.
Os pagãos se dividem em apocalípticos
e místicos. Os primeiros concordam com a destruição em massa, devido a inversão repentina dos pólos, explosões solares, contato com feixes de fótons da galaxia, aproximação com o planeta Nibiru (identificado pelos Sumérios há milhares de anos e tido como inexistente pela ciência moderna), entre outras versões. Os demais,
defendem 21 de Dezembro de 2012 (ou os dias seguintes) consistir apenas numa mudança
de paradigma para a vida na Terra. Uma energia cósmica irá alterar a relação
entre a humanidade e o planeta, para o bem geral das nações.
Já os céticos afirmam que
tudo isso é ridículo e que o mundo nunca vai acabar. E, caso isso ocorra, o
homem já está preparado para enfrentar qualquer adversidade catastrófica. Nem
científicos, nem mitológicos, apenas descrentes na extinção, mas crentes em sua
capacidade individual e coletiva.
A NASA e a imprensa se
apressam para providenciar a mensagem universal: “está tudo sob controle”,
emprestando ainda o jargão do grande Chapolin: “não criemos pânico!”. Por um
lado eles têm razão, afinal, tudo está sob controle, mas não sob o controle do
homem.
A única certeza que fica é
que para Niemeyer já foi, há alguns dias, e para nós pode ser a qualquer
momento. Tirando a fatalidade da lente, mesmo assim, sobram evidências do fim pela
frente, seja ele hoje, amanhã ou muito tempo depois.
Os interessados em
investigar a história do planeta e das civilizações antigas podem descobrir evidências que
a humanidade já foi extinta por diversas vezes, até mesmo em questão de
segundos. A ciência explica os fatos apresentando histórias de dilúvios, eras
glaciais, meteoros gigantescos, entre outras teorias. Já as religiões, das mais
variadas, concordam que o mundo acabou em várias ocasiões, apenas discordando do
“modo”, “tempo”, “profetas escolhidos”, “deuses”, entre outras picuinhas.
Lendo um pouco de cada história, assistindo documentários, ouvindo comentários, eu já tenho a minha sentença, parodiando Nelson Rodrigues (que também já viu o fim do mundo): toda a humanidade é burra! Os ocidentais, principalmente.
Lendo um pouco de cada história, assistindo documentários, ouvindo comentários, eu já tenho a minha sentença, parodiando Nelson Rodrigues (que também já viu o fim do mundo): toda a humanidade é burra! Os ocidentais, principalmente.
Ridicularizamos o
desconhecido, a sabedoria das antigas civilizações, nos sentimos imortais
diante de um Universo em transformação constante, regido pelo acaso e não pela
punição divina. Não sabemos nada e acreditamos em tudo, paparicamos lugares
comuns da ciência, reproduzimos qualquer teoria que acabamos de conhecer superficialmente
como verossímil. Vendemos um ao outro a ideia de sermos privilegiados como os
mais avançados de todos os seres, de todos os tempos. Não respeitamos a Lei da
Vida, adulteramos nós mesmos e nosso meio. Por mais que pareça o contrário,
tememos a morte como quem teme o mal, por ignorância completa, mesmo com toda
a nossa onipotência e filiação.
Pobre bicho homem, um
quadrúpede que virou bípede, evoluiu a mente e começou a dar mais valor pra si
e menos valor pra tudo. O ser alienígena que vive o Universo de dentro, ignorando
o Universo de fora. O presente do tempo, o “x” da questão, o rumo da
história, que acredita todo o resto não passar de um tremendo desperdício do
espaço-tempo.
Não me renego. Tenho prazer em existir e orgulho de ter a oportunidade de ser mais um
exemplar dessa raça exemplar. Uma imensa etnia divina que se subdivide pela cor
da pele, idiomas, entre tantas outras pseudo-diferenças.
Aplaudidos todos os feitos
desse fenômeno, prevalece a beleza e imparcialidade das Leis da Natureza,
principalmente, no inciso que diz: “todo predador, enquanto predador, também é
presa”. Até a morte!