sexta-feira, 30 de dezembro de 2016

Para a virada de um dia qualquer...

Menos estresse, mais estrelas.
Menos abusos, mais abraços.
Menos encanação, mais encantamento.
Menos pé no chão, mais pé na terra.

Menos generais, mais generosidade.
Menos militares, mais militância.
Menos ódio, mais ócio.
Menos sexismo, mais sexo.

Menos violação, mais viola.
Menos certezas, mais cervejas.
Menos postagens, mais postura.
Menos desigualdade, mais desígnio.

Menos eu, mais nós.
Menos eles, mais nós.
Menos distorção (de argumentos), mais distorção (de guitarras).
Menos medicamentos, mais meditação.

Menos menas, mais de buenas!

(Q Mário? - https://www.facebook.com/qmariooficial)

terça-feira, 15 de novembro de 2016

Mostra de Música Autoral em São Roque/SP

1° Mostra Confaca reúne gerações de compositores da região na Brasital




No próximo domingo (20), a partir das 18h, na Sala Multi-Uso do CECT – Brasital, em São Roque, acontece a 1° Mostra Confaca – Confraria dos Autores de Canções, que reúne gerações de compositores da região, numa noite de celebração da Música Autoral. Nesta primeira edição, cada músico participante irá apresentar duas canções de própria autoria e/ou em parceria.

Idealizada por Edson D’aísa e João Bid, a Confaca surgiu no início de 2016, com o objetivo de reunir compositores de São Roque e região, para dialogar sobre seus processos criativos, apresentar e debater novas obras e, sobretudo, promover o encontro. As primeiras reuniões aconteciam mensalmente na Brasital, porém, pouco tempo depois os encontros passaram a ser itinerantes e com mais freqüência, em bares de São Roque e na casa dos próprios compositores e amigos. Hoje o grupo conta com a participação permanente de mais de uma dezena de artistas, com uma ampla diversidade de gêneros, expressões e temáticas em suas composições.

A mostra do próximo domingo surge de forma totalmente independente e do desejo deste grupo em compartilhar suas canções, aproximar os compositores do público, bem como criar espaços para suspender a realidade, nem que seja por um instante.

Os compositores Antonio Porto, Douglas Oliveira, Edson D’aísa, Henrique But, Jairo Cechin, João Bid, Lauren Tchen-fo, Lia Cordoni, Marcelo Ribeiro, Mário Barroso, Matheus Pezzotta, Sandra Godoy, Tavani Figueiredo e Vinícius Paes, são os anfitriões da noite.


Serviço
1ª Mostra Confaca – Confraria dos Autores de Canções
Horário: 18h
Local: Sala Multi-Uso  - CECT Brasital
Av. Aracaí, 250 – São Roque
Entrada Gratuita

terça-feira, 2 de fevereiro de 2016

Extra! Extra! Acharam o zika vírus responsável pelo preconceito e intolerância na cultura de massas: o rock!

Esse “senhor branco, arrogante, machista, conservador e bunda mole".



Se você comprou essa e saiu compartilhando por aí, esta correndo o risco de andar na mesma linha dos que acreditavam a terra ser quadrada num passado não muito distante! O texto publicado pelo escritor e jornalista Fred Di Giacomo incomoda pelos argumentos reducionistas e generalistas, bem como por externar um sentimento de revanchismo individual, disfarçado de coletivo.

Não há quem, em sã consciência, seja capaz de concordar com a saudação nazista do vocalista de metal Phil Anselmo. No entanto, a partir daí, criar comparações equivocadas entre bandas e estilos e ainda alegar que a MPB tem “valor” visto que é reconhecida até mesmo lá fora, nem merece comentários.

Vale ressaltar uma das principais fragilidades no texto: essa coisa de que “o rock deixou a música brasileira mais branca e careta” e que “o rock nacional nos fez ter vergonha da nossa cultura, dos nossos cabelos e dos nossos sotaques”. Mano, você precisa conhecer seu inimigo! Você encontra com ele todos os dias, na rua, na televisão, na escola, em casa, no trampo, mas não o reconhece?

Jogar a culpa histórica no rock é bater em bêbado! O rock é consequência dos desarranjos sociais e não causa. Sua estrutura sempre foi modificada pela indústria cultural, mas ela nunca foi capaz de uniformizar o estilo, o comportamento, sequer as ideologias de seus incontáveis subgrupos, principalmente na cena independente. Além disso, vale frisar que um cabeludo andando de preto na rua também é discriminado, leva geral e porrada da polícia sem motivo, é tirado de otário e ridicularizado pra todo lado, sem contar o status padrão de “playboy drogado” e “rebelde sem causa” pelas senhoras e senhores de conduta ilibada da sociedade. Só que isso já é outra história...

O que preocupa mesmo no seu texto é esse tom de arianismo ao avesso, que só considera cultura brasileira legítima um grupo ou manifestação artística que tenha um negro cantando ou tocando um instrumento. Não vou cometer a audácia de definir o que é cultura popular, deixo isso para os mestres, doutores e afins. Como mero operário da cultura, que trabalha com música e produção desde moleque, só sei que isso não passa de estereótipo!

Outro ponto a se destacar é que em qualquer estilo de música sempre haverá aqueles que escrevem letras questionáveis, criam melodias simplistas, se julgam “O Artista”, tomam atitudes contestáveis, os quais acreditam que suas obras, opiniões e expressões estão acima de tudo e de todos. Mas generalizar um estilo, já marginalizado, pela atitude de um cara e de seus amigos pessoais na adolescência é lamentável...

Ah Fred! Na boa, você precisa voltar pra escola, fazer a lição de casa e reconhecer de fato quem é o seu inimigo!