terça-feira, 30 de setembro de 2014

Porque eu não consigo votar em ninguém!


Eu voto nulo. Não como um voto de protesto ou por pensar que se tantos outros votarem como eu a eleição será anulada. Já cheguei até a votar em alguns candidatos em outros pleitos por acreditar na pessoa, nos ideais e postura, bem como em qualificar a representatividade. No entanto, hoje não acredito que qualquer candidato esteja disposto a melhorar a qualidade de vida da população e que tenha força política para travar essa batalha dentro e fora do seu partido político.

Seja evangélico, ruralista, conservador, partidário, coronel, empresário. De vereador a presidente, no princípio, agora e sempre, é tudo dinheiro! Haja vista o noticiário, da direita ou esquerda, que só apresenta a ponta do iceberg. Seja do baixo ou alto clero, a realeza tupiniquim dos palácios do século XXI se veste com o manto de sangue da guerra civil que a mesma herdou, manteve e alimentou no Brasil.

Não podemos responsabilizar os partidos políticos pelo conflito de classes presente desde que surgiram as classes sociais por aqui. Aliás, foi para combater a intolerância, a corrupção e as injustiças sociais que os mesmos foram criados. Bem é verdade que o regime democrático é um jovem com cerca de trinta anos. No entanto, esse jovem sistema corrupto se retroalimenta de tal forma, por elites criminosas que aparelham instituições legitimas, com imenso potencial de destruição, comportamentos nocivos e notórios traços de psicopatia. Um caso clinicamente irreversível, segundo os especialistas.

Pode parecer radical como discurso, no entanto, entre essas e outras o fato é que o sistema político ainda é privado. O famoso capital financeiro domina e custeia as relações, da campanha às assembleias e depois aos tribunais. Assim, direitos civis, trabalhistas, sociais e ambientais viram artifício para atender o “fetiche ostentação” dos políticos. Contraditórios por natureza, não há princípios para definir suas alianças, senão a prática da conta poupança da corrupção e conta corrente da compra de votos. Esse é o critério de aprovação de seus projetos de vida.

Tivemos, há pouco mais de uma década, uma oportunidade histórica para mudar essa dinâmica, com o surgimento de uma expressão na política contemporânea. Poderia ser o candidato capaz de romper com os paradigmas, devido seu valor simbólico, sua militância. Mas seu governo recatou-se em uma política social democrata que beijou os pés dos mesmos coronéis, beirou as fronteiras do assistencialismo, atendeu aos interesses dos mesmos bancos privados e públicos, das oligarquias coloniais e regionais, enfim. Uma decepção para quem sonhava com um outro mundo possível. A diminuição da pobreza extrema foi sua única conquista, uma vitória memorável e mensurável. Só que daí em adiante, parou no crédito e no endividamento da família brasileira a curtos, médios e longos prazos. Depois de comprado, tudo ficou muito parecido com o que estava e a carta aberta ao povo brasileiro incinerou na fogueira de vaidades.

Mas, se a via dos partidos políticos não é mais a via, qual seria?

Os militares estão se coçando na cadeira e seus soldados civis já esbravejam por aí que estão preparando os porões. Triste é ver o mesmo fascismo disfarçado no discurso conservador da velha e rica direita, que se adapta tanto ao meio a ponto de se apresentar como esquerda ou centro. Seja como candidata(o), eleitor(a) ou imprensa, a carapuça serve!

No momento, a via é de mão única. Prestes a caminhar em direção àquela escola pública, obrigatoriamente, penso nos inúmeros grupos organizados, verdadeiras comunidades, que abrem suas trilhas nos braços e rasgam as amarras da sociedade. Lembro dos milhares de atores que se organizam, se fortalecem para acessar os representantes políticos com propostas claras, cobranças precisas, atuação incisiva e persistente. Algo bem diferente de junho do ano passado. Pessoas que permanecem agindo como um antibiótico, silencioso e inexpressivo à percepção dos demais órgãos. Se não é o fim, ao menos é um bom caminho a percorrer.

Respeito sua escolha por um candidato e, seja quem você colocar lá, será enfrentado a discutir e realizar propostas pelos que estão realmente interessados na mudança, aqueles envolvidos em processos de construção de políticas públicas e orçamentos mais participativos. Seja via audiências e manifestações, conselhos e organizações civis, reuniões em paços, câmaras e assembleias.

No mais, me despeço sem cair na tentação da agressão mútua, carregada de ódio, preconceito e sequer peço seu voto. Não estou em campanha, estou na linha de frente com os milhares demais. Quem vier que venha armado de propostas ou será rendido por nós, amém!

sábado, 6 de setembro de 2014

Prefeitura de São Roque/SP lança edital para incentivar projetos culturais e artísticos



A partir de 08 de setembro de 2014 a Prefeitura de São Roque abre o período de inscrições para o primeiro edital do Fundo Municipal de Cultura. A proposta é incentivar ações de artistas, pesquisadores e produtores da cidade através de uma concorrência pública que irá selecionar os projetos mais qualificados.

As regras para participar do processo de seleção foram estabelecidas no Edital 001/2014, disponível para retirada na Divisão de Cultura, localizada no CEC Brasital (Av. Aracaí, 250 – Vila Aguiar) ou no site da Prefeitura Municipal – www.saoroque.sp.gov.br.

Cada projeto poderá ser inscrito em apenas uma das categorias previstas: projetos com custo total de até R$7.000,00 (sete mil reais) e projetos com custo total de até R$15.000,00 (quinze mil reais). Os proponentes poderão ser pessoas físicas ou jurídicas, tendo que comprovar atuação no segmento que solicitam o incentivo e residência no município de São Roque há pelo menos 2 (dois) anos.

A seleção e aprovação dos projetos será realizada pelo Conselho Municipal de Cultura e pareceristas contratados, seguindo os critérios estabelecidos no respectivo edital. Serão privilegiados projetos e ações nos segmentos de teatro, dança, música, literatura, circo, artes visuais, pesquisa, entre outros previstos na Lei nº 4.084, de 14 de Outubro de 2013, que corresponde à criação do Fundo Municipal de Cultura (é possível acessar a mesma no site da Câmara Municipal – www.camarasaoroque.sp.gov.br).

A verba total de apoio aos projetos será de aproximadamente 300 mil reais. “Acreditamos que esse edital será um marco histórico para a produção cultural e artística na cidade. O Conselho Municipal de Cultura agradece ao Prefeito Daniel pelo compromisso firmado ainda no período de campanha e convida toda a classe artística, comunidades tradicionais e a população para participar desse processo, seja inscrevendo projetos, divulgando para amigos e familiares ou prestigiando as atividades que serão contempladas”.

Dia 22 de setembro, às 19h, no CEC Brasital, o Fórum Permanente de Cultura irá realizar uma reunião extraordinária para esclarecer as dúvidas de artistas e produtores que pretendem apresentar projetos.