quinta-feira, 18 de agosto de 2011

O Teixeira esta na cozinha preparando um galinhão pra servir na Copa!

Enquanto a lei da ficha limpa vai ficando sempre pra depois, deixando que criminosos se disfarcem de políticos para condenar milhões à miséria e subemprego. Enquanto você trabalha por um salário incompatível com as suas necessidades básicas para sobreviver e tem que fazer malabarismos para pagar suas contas. Enquanto você paga impostos para serem convertidos em serviços públicos e mesmo assim tem que pagar escola particular, plano de saúde particular, pois as escolas e os hospitais públicos estão cada dia piores, por exemplo. Ricardo Teixeira e sua corja estão esbanjando bilhões de reais em dinheiro público para fazer suas trapaças.

Não existe pessoa ingênua que desconheça a podridão do mercado do futebol. O torcedor, apaixonado pelo esporte, pela competição, pela eterna rivalidade do seu clube ou seleção, é mais um refém desse jogo de interesses. Se não bastasse pagar ingressos com valores absurdos e sofrer com o descaso na hora da compra, passando horas na fila. Não contando com estrutura física e logística para assistir aos jogos com segurança. Tendo que ver a camisa do seu time abarrotada de patrocínios e até a camisa do juiz de futebol, entre tantas outras situações inadmissíveis.


Agora, o torcedor brasileiro está sendo vítima de outro gole: a Copa do Mundo. Ninguém é louco de ser contra um evento tão importante que poderia trazer avanços significativos para o país, em infra-estrutura urbana, melhoramento de estradas e aeroportos, entre tantas outras “benfeitorias”, como dizem os políticos.


No entanto, pelo conjunto da obra, essa Copa do Mundo está se mostrando na maior farra do boi da história desse país. O discurso é lindo, a prática medonha. Não há uma obra que esteja dentro de um cronograma razoável, tudo para que licitações emergenciais e direcionadas sejam realizadas para desviar mais dinheiro público.



A CBF já poderia ser chamada de “Curintia Brazilis Federation”, pois tem beneficiado o Corinthians desde o início, como por exemplo, na formação da Comissão responsável por organizar a Copa do Mundo (onde foi escalado como titular absoluto o presidente do Corinthians) e na questão da não habilitação do estádio do Morumbi para a abertura ou para os demais jogos da Copa. Um estádio onde jogaram os maiores ídolos do futebol, palco de clássicos memoráveis e de histórias incríveis, um memorial sagrado do futebol brasileiro que foi jogado para escanteio por meros interesses políticos. O clássico que poderia ser disputado no Morumbi em 2014 entre Brasil x França, por exemplo, foi descartado para abrigar a disputa de outros gigantes como Camargo Correira x Odebrecht, Combinado da FIFA e CBF x São Paulo Futebol Clube.


E quem perde com isso? Todos nós!

Amantes ou não do futebol irão pagar essa conta. Mais de R$400 milhões em isenção de impostos, dinheiro literalmente doado pelo poder público federal, estadual e municipal (fora o empréstimo de outros tantos milhões do BNDES) para que o maior absurdo da Copa do Mundo, até o momento, fosse colocado em prática: a construção de mais um estádio na cidade de São Paulo. Totalmente descabida, absurdamente superfaturada, uma obra inexplicável tanto pela sua localização, quanto pela sua execução.


Um estádio que ninguém sabe ao certo como vai ser, que para atingir o número de espectadores exigidos pela FIFA para a partida de abertura da Copa do Mundo, vai contar com “arquibancadas móveis”, ou seja, arquibancadas de metal, como as utilizadas nos rodeios e nos eventos de quermesse realizados por prefeituras Brasil a fora. Ninguém entende como um projeto desse tipo pode dar certo, a não ser Ricardo Teixeira e sua gangue.


Projeto da construção do estádio em Itaquera prevendo as arquibancadas móveis

O jornalista inglês Andrew Jennings está denunciando a máfia do futebol mundial e as relações promíscuas entre a FIFA e a CBF há algum tempo, mas no caso de Ricardo Teixeira, o Ministério Público parece que anda meio surdo de um ou dos dois ouvidos. Segundo Jennings, o Presidente da CBF é um dos maiores mafiosos do futebol mundial. “O senhor Teixeira esta usando a Copa do Mundo para saquear o povo brasileiro e enriquecer ainda mais”, declarou o jornalista em inúmeras entrevistas no Brasil e no mundo. Mas irregularidades, contradições, absurdos e afins, não estão relacionadas apenas a construção do estádio em São Paulo, como em todo o país. A reforma do Maracanã, que já passa de R$ 1 bilhão de reais, equivale a construção de quase dois estádios com padrões de times Europeus, como Arsenal, Real Madri, entre outros. 
O galinhão da tiazinha, só R$3,00

No entanto, o mais absurdo de tudo isso é que em São Roque/SP, uma cidade do interior de São Paulo, numa lanchonete que fica localizada no centro, o galinhão custa apenas R$3,00 reais. Hoje eu vou correndo comprar um, antes que a tiazinha descubra que a CBF vendeu um galinhão pra FIFA por mais de R$400 milhões de reais e também comece a superfaturar essa obra!

terça-feira, 9 de agosto de 2011

Trinta anos atrás hoje: o dia em que a classe média morreu

O texto abaixo foi escrito por Michael Moore, uma reflexão sobre como o povo americano curvou-se aos interesses totalitários do mercado financeiro, assim como todos os demais países do Continente. Em nome do pai, do filho e da grana!

Divirtam-se!


Trinta anos atrás hoje: o dia em que a classe média morreu
por Michael Moore



De tempos em tempos, alguém com menos de 30 anos irá me perguntar: “Quando tudo isso começou, o deslizamento da América ladeira abaixo?”. Eles dizem que ouviram falar de um tempo em que o povo trabalhador podia criar uma família e enviar as crianças à faculdade com a renda de um só dos pais (e que as faculdades em estados como Califórnia e Nova York eram quase gratuitas). De um tempo em que quem quisesse ter um trabalho remunerado decente o teria; em que as pessoas só trabalhavam cinco dias por semana e oito horas por dia, tinham todo o fim de semana de folga e as férias pagas todo verão. Que muitos empregos eram sindicalizados, de empacotadores em supermercados ao cara que pintava sua casa, e isso significava que não importava qual o seu trabalho, pois, por menos qualificado que fosse, lhe daria as garantias de uma aposentadoria, aumentos eventuais, seguro saúde e alguém para defendê-lo se fosse tratado injustamente.
 
As pessoas jovens têm ouvido a respeito desse tempo mítico – só que não é mito, foi real. E quando eles perguntam: “quando tudo isso acabou?”, eu digo: terminou neste dia: 5 de agosto de 1981.
 
A partir desta data, 30 anos atrás, o Grande Negócio e a Direita decidiram “botar para quebrar” – para ver se poderiam de fato destruir a classe média, e assim se tornarem mais ricos.
 
E eles se deram bem...

Em 5 de agosto de 1981, o presidente Ronald Reagan atacou todos os membros do sindicato dos controladores de vôo [PATCO – sigla em inglês], que tinha desafiado sua ordem de retornarem ao trabalho e declarou seu sindicato ilegal. Eles estavam de greve há apenas dois dias.

Foi um movimento forte e audacioso. Ninguém jamais tinha tentado isso. O que o tornou ainda mais forte foi o fato de que o PATCO foi um dos dois únicos sindicatos que tinha apoiado Reagan para presidente! Isso gerou uma onda de pânico nos trabalhadores ao longo do país. Se ele fez isso com as pessoas que votaram nele, o que fará conosco?

Reagan foi apoiado por Wall Street na sua corrida para a Casa Branca e eles, junto à direita cristã, queriam reestruturar a América e mudar a direção da tendência inaugurada pelo presidente Franklin D. Roosevelt – uma tendência concebida para tornar a vida melhor para o trabalhador comum. Os ricos odiavam pagar salários melhores e arcarem com os custos dos benefícios sociais. E eles odiavam ainda mais pagar impostos. E desprezavam os sindicatos. A direita cristã odiava qualquer coisa que soasse como socialismo ou que defendesse o reconhecimento de minorias ou mulheres.

Reagan prometeu acabar com tudo. Assim, quando os controladores de tráfego aéreo entraram em greve, ele aproveitou o momento. Ao se livrar de todos eles e jogar seu sindicato na ilegalidade, ele enviou uma clara e forte mensagem: os dias de todos com uma vida confortável de classe média acabaram. A América, a partir de agora, será comandada da seguinte maneira:

1 - Os milionários vão fazer muito, mas muito mais dinheiro e o resto de vocês vai se digladiar pelas migalhas deixadas pelo caminho.

2 - Todos devem trabalhar! Mãe, Pai, os adolescentes, na casa! Pai, você trabalha num segundo emprego! Crianças, aqui estão as suas chaves para vocês voltarem para casa sozinhas! Seus pais devem estar em casa na hora de pô-los para dormir.

3 - 50 milhões de vocês devem ficar sem seguro de saúde! E para metade das companhias de seguro: vão em frente e decidam quem vocês querem ajudar – ou não.

4 - Os sindicatos são maus! Você não será sindicalizado! Você não precisa de um advogado! Cale a boca e volte para o trabalho! Não, você não pode ir embora agora, não terminamos ainda. Suas crianças podem fazer seu próprio jantar.

5 - Você quer ir para a faculdade? Sem problemas – assine aqui e fique empenhado num banco pelos próximos 20 anos!

6 - O que é “aumento”? Volte ao trabalho e cale a boca!

E por aí vai. Mas Reagan não poderia ter levado tudo isso a cabo sozinho, em 1981. Ele teve uma grande ajuda: a AFL-CIO.

A maior central sindical dos EUA disse aos seus membros para furarem a greve dos controladores de tráfego aéreo e irem trabalhar. E foi só o que esses membros do sindicato fizeram. Pilotos sindicalizados, comissários de bordo, motoristas de caminhão, operadores de bagagens – todos eles furaram a greve e ajudaram a quebra-la. E os membros do sindicato de todas as categorias furaram os piquetes ao voltarem a voar.

Reagan e Wall Street não podiam crer nos seus olhos! Centenas de milhares de trabalhadores e membros dos sindicatos apoiando a demissão de companheiros sindicalizados. Foi um presente de natal em Agosto para as corporações da América.

E isso foi só o começo. Reagan e os Republicanos sabiam que poderiam fazer o que quisessem, e o fizeram. Eles cortaram os impostos para os ricos. Tornaram a sua vida mais dura, caso quisesse abrir um sindicato no seu local de trabalho. Eliminaram normas de segurança do trabalho. Ignoraram as leis contra o monopólio e permitiram que milhares de empresas se fusionassem ou fossem compradas e fechassem as portas. As corporações congelaram os salários e ameaçaram mudar de país se os trabalhadores não aceitassem receber menos e com menos benefícios. E quando os trabalhadores concordaram em trabalhar por menos, eles exportaram os empregos mesmo assim.

E a cada passo dado nesse caminho, a maioria dos americanos estavam juntos, apoiando-os. Houve pouca oposição ou contra-ataque. As “massas” não se levantaram e protegeram os seus empregos, suas moradias e escolas (os quais costumavam ser os melhores do mundo). Simplesmente aceitaram seu destino e tomaram porrada.

Eu sempre me pergunto o que teria ocorrido se eles tivessem parado de voar, ponto, em 1981. E se todos os sindicatos tivessem dito a Reagan “Dê a esses controladores de voo os seus empregos de volta ou eles derrubarão o país”? Você sabe o que teria acontecido. A elite das corporações e seu boy, Reagan, teriam se dobrado.

Mas nós não fizemos isso. E assim, passo a passo, peça por peça, nos 30 anos seguintes aqueles que estiveram no poder destruíram a classe média em nosso país e, em troca, arruinaram o futuro de nossa juventude. Os salários permaneceram estagnados por 30 anos. Dê uma olhada nas estatísticas e você poderá ver que todo o declínio que estamos sofrendo agora teve seu início em 1981 (aqui, http://www.youtube.com/watch?v=vvVAPsn3Fpk, uma pequena cena para ilustrar essa história, do meu filme mais recente).
 
Tudo isso começou neste dia, há 30 anos. Um dos dias mais obscuros na história dos EUA. E nós deixamos que isso ocorresse a nós. Sim, eles tinham o dinheiro e a mídia e as corporações. Mas nós tínhamos 200 milhões de nós. Você já se perguntou o que seria se 200 milhões tivessem se enfurecido e quisessem seu país, sua vida, seu emprego, seu fim de semana, seu tempo com suas crianças de volta?

Nós todos simplesmente desistimos? O que estamos esperando? Esqueça os 20% que apoiam o Tea Party – nós somos os outros 80%! Esse declínio só vai terminar quando exigirmos isso. E não por meio de uma petição online ou de uma twittada. Teremos de desligar as tevês e os computadores e os videogames e tomar as ruas (como o fizeram no Wisconsin). Alguns de vocês precisam sair dos seus gabinetes de trabalho local no próximo ano. Precisamos exigir que os democratas tenham coragem e parem de receber dinheiro de corporações – ou as deixem de lado.

Quando será suficiente, o suficiente? O sonho da classe média não reaparecerá magicamente. O plano de Wall Street é claro: a América deve ser uma nação dos que têm e dos que nada têm. Isso está bem para você?

Por que não aproveitar hoje (05/08) para parar e pensar a respeito dos pequenos passos que você pode dar pela sua vizinhança e em seu local de trabalho, em sua escola? Há algum outro dia melhor para começar a fazer isso, que não seja hoje?

terça-feira, 2 de agosto de 2011

Inverno Cultural – uma ideia que deu certo!

Durante todos os domingos do mês de julho foi realizado o Inverno Cultural na Adega Vinhos Canguera e Restaurante Nostra-Villa em São Roque/SP. Um evento cultural que privilegiou exclusivamente artistas de São Roque e região.

O primeiro domingo foi voltado para as crianças. Embaixo de uma árvore chamada de “Pé de Livro”, histórias infantis de diversos autores brasileiros foram contadas de forma lúdica por um personagem representado pela educadora Karen Vieira, que colheu as obras da árvore como colhemos os frutos. Logo após, foi realizada a oficina “Transformando terra em tinta”, pelo permacultor e divulgador da tinta de terra Perceu Pezzotta, uma atividade que aproximou as crianças da natureza, brincando.



Na sequência, o Inverno Cultural apresentou o show musical “Ensaio sobre nossas coisas”, do músico João Bid, com participação especial do violonista Celsinho Andrade. João Bid preparou um show especial para o evento, com um repertório de músicas compostas por grandes nomes da MPB, composições autorais (que fazem parte do CD “O Tempo e a Paciência”) e algumas poesias de sua autoria. Cantou e contou sobre as coisas do interior: o caipira, a simplicidade, a religiosidade, os trens e o amor.

O teatro não poderia ficar de fora. Na “Adega em Cena”, revelações do teatro amador da cidade de São Roque apresentaram as obras “O Rei que fazia desertos”, de José Saramago – interpretação de Joaquim Marques e “Memórias esdrúxulas”, de Fernando Pessoa – interpretação de Lelis Andrade. A direção foi de Lisa Camargo. O Grupo Autônomos também participou apresentando uma cena do livro "A Roupa Nova do Imperador", de Hans Christian Andersen – interpretação de Alexandre Viana, Islânio Cael, Michel Albuquerque e Patrícia Rangel. A direção foi de Amanda Sobral e figurinos de Marco Lessa.


A emoção tomou conta do evento com a participação do escritor são-roquense Roberto Godinho, durante o dia voltado aos “Causos e Poesias”. Na ocasião, o autor do livro “Ida e Volta” bateu um papo com os presentes, contando causos de personagens que fazem parte do imaginário popular e se confundem com a história da cidade. Os atores Dani Campos, Matheus Pezzotta e Rodolpho Heinz fizeram interpretações de alguns textos do livro, interagindo com a obra do autor.


No encerramento, o Inverno Cultural apresentou o show “Todos os cantos do vale”, do cantor e compositor Edson D’aísa. O show contemplou uma grande variedade de ritmos (samba, valsa, blues, toada, entre outros.) na voz e violão. A apresentação contou com a participação e os arranjos do jovem músico Matheus Pezzotta, estudante do Conservatório de Tatuí e integrante da Camerata Jovem de Violões. O show contou ainda com a participação do cantor João Bid e do músico Mário Barroso
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“Nós gostaríamos de agradecer aos Vinhos Canguera e ao Restaurante Nostra-Villa pelo espaço e pela iniciativa. Aos veículos de imprensa da região que divulgaram o evento. Ao público que prestigiou todos os domingos e aos artistas que participaram. Com certeza o Inverno Cultural fez brotar uma semente que irá trazer novos frutos. Um evento emocionante que ficará marcado na memória de todos os envolvidos!”, declara a produtora Isabel Pezzotta.

O Inverno Cultural foi uma realização do Restaurante Nostra-Villa e Vinhos Canguera, com a produção da D’aísa Produções Culturais e direção artística de Lisa Camargo e João Bid. A assessoria de imprensa foi realizada pelo jornalista Mário Barroso. A entrada de todos os eventos foi gratuita!



Para ver as fotos dos melhores momentos do evento, acesse o perfil do Restaurante Nostra-Villa e dos Vinhos Canguera no facebook: http://www.facebook.com/profile.php?id=100001960735476 / http://www.facebook.com/home.php#!/profile.php?id=100002482068190