quinta-feira, 30 de setembro de 2010

informe - Fórum Permanente de Cultura

Caros artistas, produtores e cidadãos de São Roque,


Na última segunda-feira (27/09), às 19hs, foi realizada mais uma reunião do Fórum Permanente de Cultura de São Roque no Núcelo de Música do CEC Brasital.

Na ocasião, o Chefe do Departamento Econômico da Prefeitura da Estância Turística de São Roque, Leodir Ribeiro, apresentou a minuta de lei que dispõe sobre a criação do Conselho Municipal de Cultura de São Roque/SP.

O texto final, que deverá ser aprovado pela Câmara dos Vereadores a partir da próxima semana, foi produzido através de um processo colaborativo com a sociedade local nas reuniões do Fórum Permanente de Cultura e validado pelo poder público local. É importante frisar que esta é uma conquista de muitos profissionais da cultura que ao longo dos últimos dez anos batalharam em grupos de debates e movimentos culturais para a criação do Conselho Municipal de Cultura de São Roque/SP.

Na próxima reunião do Fórum, o Chefe da Divisão de Cultura, Rodrigo Boccato, irá apresentar o Plano Orçamentário da Cultura para o próximo ano (2011) e abrirá espaço para sugestões dos presentes.

Fique por dentro das novidades, participe das reuniões!
Contribua com a criação da Política Pública de Cultura da sua cidade!


Fórum Permanente de Cultura
Reuniões: última segunda-feira de cada mês, às 19hs.
Próxima reunião: 25/10
Local previsto: Câmara dos Vereadores
Infos: cultura@saoroque.sp.gov.br
mario81_sr@hotmail.com

terça-feira, 21 de setembro de 2010

Representantes de bares, restaurantes e músicos se reúnem em São Roque

Dia 20 de setembro de 2010 (segunda-feira), às 20hs, representantes de bares, restaurantes e músicos de São Roque/SP reuniram-se na Associação Comercial de São Roque com o intuito de compreender por quais motivos a Prefeitura Municipal da Estância Turística de São Roque está impedindo que os bares e restaurantes trabalhem com música ao vivo em suas dependências.


Estiveram presentes: Cláudia Di Palma Souza e Fernando Siqueira Silva – restaurante Baco; Sônia Oliveira Murakawa – bar Camaleão; Carlos Bueno – Rock Gol Bar; Cláudio Rocha – bar Cappadocia; Carlos Laia – bar do Carlos; Amilton José de Toledo – bar V8; Tiago Vieira, Mário Barroso, Adalberto Faria e Edson D’aísa – músicos; Lucas Di Mario – imprensa e eventos; Rodrigo Nunes e Donizete de Moraes – vereadores; Antonio Di Girolamo – Associação Comercial de São Roque;

Na ocasião, os representantes de bares e restaurantes demonstraram seu descontentamento com a forma arbitrária que a Prefeitura Municipal da Estância Turística de São Roque tem aplicado multas e restrições.

Os principais pontos levantados foram: a falta de medição do nível de decibéis emitidos pelos bares e restaurantes durante os eventos com som ao vivo; onde estão os registros das reclamações de moradores vizinhos aos estabelecimentos, já que a afirmação dos fiscais é que houve até abaixo-assinado dos mesmos; que os recursos das multas e punições são indeferidos sem qualquer justificativa; a necessidade de revisão da chamada “Lei Seca”, na questão dos alvarás para estabelecimentos que trabalham som ao vivo; incentivo e divulgação por parte da Prefeitura a programação dos bares e restaurantes, quando os mesmos criam empregos e contribuem para a economia local.

Os músicos presentes colocaram a dificuldade que estão encontrando em poder trabalhar e a queda abrupta dos rendimentos de sua atividade artística na cidade devido as restrições impostas pela Prefeitura Municipal da Estância Turística de São Roque.

O vereador Rodrigo Nunes se comprometeu em agendar uma reunião com o prefeito Efaneu Nolasco Godinho para tratar das questões que foram levantadas junto a alguns representantes eleitos pelo grupo: Cláudio (Cappadocia), Sônia (Camaleão) e Edson D’aísa (músico).

Ao final, todos os participantes assinaram uma lista de presença, colocando e-mail e telefone, para dar continuidade ao processo de compreensão e resolução dos fatos.


por Mário Barroso
MTB: 47.431/SP

terça-feira, 14 de setembro de 2010

Horário Eleitoral Gratuito? Pra quem?

Foi sempre assim não é mesmo? Desde que a propaganda eleitoral apareceu na televisão: “interrompemos nossa programação para a exibição do horário eleitoral gratuito”.

Mais uma mentira entre tantas outras da nossa recente democracia. Assim como o dono do posto de gasolina utiliza o terceiro digito (Gas - R$3,499), as grande redes de mercado determinam os valores dos produtos (Camiseta - R$29,99) e até mesmo o pequeno empreendedor (Tudo por R$1,99), o Estado brasileiro maqueia o verdadeiro custo do processo eleitoral, sutilmente.

Primeiro, vejamos a definição de “gratuito”, no Dicionário Aurélio:
“Aquilo que é feito ou concedido de graça ou espontaneamente; Desinteressado; Ato gratuito, aquele que, segundo alguns filósofos, se pratica com total liberdade, sem finalidade específica, sem causa aparente”.

Por este ponto já sabemos que o processo eleitoral é feito com as melhores intenções, mas a pergunta que não quer calar é: “O horário eleitoral é gratuito para quem?”. Todos sabem que o financiamento de campanha no Brasil é misto, ou seja, com recursos públicos e privados. Então, grande parte do dinheiro público, do nosso bolso, vai para os chamados “Fundos Partidários”, destinados quase em sua totalidade para financiar a propaganda eleitoral gratuita (inserções de programas em emissoras de rádio, televisão, textos em jornais impressos, entre todas as outras formas de divulgação imaginadas pelos marqueteiros).

Se não bastasse, o horário utilizado pelos partidos na televisão, por exemplo, é custeado por uma “compensação fiscal” garantida pelo poder público para todas as emissoras que transmitem o horário eleitoral (Lei 9.504/97, art. 99).

Ou seja, quem paga o pato? Quem paga para ver o tucano que não sabe sorrir, a mulher pêra que não sabe o que quer, o Tiririca que sabe bem o que faz, a Dilma Inácio Lula da Silva..., sou eu, você e todo cidadão que carrega um CPF no bolso.

As emissoras de televisão são recompensadas. Os partidos não gastam um centavo do próprio bolso e financiam suas campanhas com recursos públicos e doações de empresas, grandes corporações desinteressadas, que apenas gostam de contribuir com a democracia.

Mas e os contribuintes, consumidores, os brasileiros em geral, como são recompensados? Melhor censurar...

Como era pra ser

O primeiro projeto de lei sobre a propaganda eleitoral gratuita foi do deputado carioca Adauto Lúcio Cardoso (da antiga UDN). O projeto, aprovado e transformado em lei, permitiu de 1962 a 1974, que a propaganda eleitoral gratuita se caracterizasse como exercício de debate democrático, privilegiando o debate regional. A propaganda unificada, num só horário, com a entrada dos grandes marqueteiros, foi conseqüência dos limites impostos pela ditadura militar, com a derrota eleitoral em 1974.

O projeto de Adauto era simples. Os partidos dispunham de tempo nas emissoras de rádio e televisão, o espaço era distribuído pelos diretórios municipais, em horários diferentes e o uso era ao vivo. O candidato era credenciado, obedecendo o critério de direitos iguais. Candidatos a deputado, a vereador, a prefeito, a governador, enfim, todos tinham o mesmo peso.

Como ficou

Mas como o general Geisel não era inocente, ao perceber que a ARENA perderia a maioria no Congresso nas eleições de 1978 criou uma série de restrições, alterando o formato da propaganda eleitoral gratuita.

Mesmo o projeto inicial estar longe da perfeição, após as mudanças, houve um deterioramento moral e ético ainda maior no processo eleitoral. Hoje estamos condenados a ver os candidatos como produtos na vitrine, como ofertas imperdíveis de um mercado sedento: a Democracia. O que era para ser conceito virou produto. Pagamos para ajudar a fabricar os novos corruptos, desde a embalagem até o conteúdo duvidoso.

Pagamos para ter carros de som desrespeitando nossa liberdade, para ter as ruas sujas, infestadas de santinhos nada santos. Para ver e ouvir as mesmas mentiras de sempre: “saúde, educação, moradia, trabalho e renda”, os tabus das campanhas municipais, estaduais e federais. Continuamos pagando para sermos ludibriados por uma campanha eleitoral nefasta, cinematográfica, do mais baixo nível intelectual.

Nós continuamos financiando a classe mais beneficiada e protegida, depois dos militares e juízes: os políticos. Pagamos para ver os travestis da prostitueleição desfilando, maqueados, penteados, engomados, produzidos, fabricados pela indústria midiática cuidadosamente como bonecas barbie’s.

Enquanto isso, em volta das políticas de alianças, milhares de cadáveres de homens, mulheres e crianças ceifados pelo próprio Estado. O crime organizado sacrifica a qualidade de vida de toda a população. O cidadão privatizado segue a regra do jogo e ainda a defende, afinal, perto das ditaduras esse é o melhor modelo a que chegamos. Trabalhar para viver, ganhar para sobreviver, nadar e morrer na praia, com o bonezinho do candidato escolhido estampando: “Para ter um país mais justo, vote 171!”.


Mário Barroso – Músico / Jornalista
MTB: 47.431/SP

quinta-feira, 2 de setembro de 2010

Rage Against The Machine e Infectious Grooves no SWU!

Quem diria que o SWU seria responsável em colocar no palco Rage Against The Machine e Infectious Grooves no mesmo dia (09/10). Os skatistas que tiravam olies em trilhos de trem nos anos 90 jamais imaginariam uma cena dessa no Brasil.

Embalados por riffs de "Killing in the name" e o baixo irado de "Violent and Funky" no walkman, os jovens dessa época ouviam o que surgiu de melhor na mistura entre o groove e o metal, com certeza as bandas que mais tiveram sucesso nessa mistura.

O Rage Against The Machine foi ainda mais longe, incluindo letras contra o chamado "sistema", denunciando a exploração e assassinato dos Maias, entre outros grupos étnicos da América Índia. Criticando a postura dos que se ajoelham diante da bandeira para ter uma bala enfiada na cabeça, enfim, dispensa muitos comentários. Uma das bandas mais influentes do mundo.

Já o Infectious Grooves é um projeto paralelo de Mike Muir, líder do Suicidal Tendencies . Na primeira fase, o Infectious Grooves gravou quatro discos. “The Plague That Makes You aBooty Move”, foi o álbum de estréia (1991) e tem os vocais do lendário Ozzy Osbourne na faixa “Therapy”.

A banda voltou à ativa em 2008, com o baixista Steve Brunner no lugar de Trujillo (que foi para o Metallica). Eric Moore assumiu a bateria, posto que na concepção inicial foi de Stephen Perkins (ex-Jane’s Addiction). O guitarrista Dean Pleasants, da formação original, permanece.

Sem dúvia alguma dia 09/10 será lendário para os fãs da fusão de metal e groove. Duas bandas que muitos já não esperavam ter a oportunidade de curtir ao vivo, juntas no mesmo dia.

Rage Against             Infectious Grooves
http://www.ratm.com/  http://www.myspace.com/infectiousgroovesofficial


por Mário Barroso
MAC/BRASIL